Quem sou eu

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Mauá, Sp, Brazil
A parte mais linda de mim são os textos que escrevo, porque fora deles, sou um poço sem fundo, o sarcasmo e a ironia em pessoa. Prazer, essa sou eu.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O vazio....


Existe uma discrepância na forma como penso e percebo. Existe um vazio no que eu sinto. Não...na verdade, não existe um vazio no que eu sinto. Existe o vazio do que eu não sinto, do que eu não consigo expressar em palavras, o vazio do que eu queria sentir, mas não tenho como, não tenho o porquê. E aí fica tudo guardado...em desuso...incomodando...machucando.

Às vezes fica fácil esquecer do vazio, quero dizer:Você não pára de viver por causa dele. Você ainda sai, ri, conversa. As vezes, faz coisas ate demais, pra e distrair... porque o vazio tá lá. E tem sempre aquele momento em que você baixaa guarda, e o vazio bate... PESA. E você deseja sumir e reaparecer na sua cama, longe de tudo, de todos. Mas isso nem sempre acontece, muitas vezes o vazio fica lá, dormindo, por um tempão. Você acha que ele sumiu. Você acha que finalmente você está feliz com o que você tem. E tudo parece bem...e está bem...

Mas o vazio volta. Sutilmente...ou NÃO!

Pode ser uma fisgada no estômago, uma lágrima no canto do olho, um nó na garganta, um pesar de pálpebras... ou uma avalanche destruidora de emoções. E o vazio,novamente ele está lá, novamente você lembra o que é conviver com ele.

Diariamente. Constantemente.

Existe uma falta de sentido nos nossos desejos.

Existe uma falta. E só.!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Terça-feira...10 de Agosto....


Tem dias que a gente não sabe muito bem por onde começar. O dia nasce, corre, mas você não acompanha. Em dias assim, eu tenho vontade de sentar numa cadeira de balanço e ficar só acompanhando os ponteiros no relógio. Está calor, nada muito bom aconteceu, mas nada muito ruim também. Zero a zero no placar das grandes emoções. Olho pela janela da escola e penso que para pelo menos uma pessoa neste mundo, o meu dia preguiçoso vai ser o dia mais feliz de sua vida. Ao final da tarde, ela se casa com o amigo de infância que no fundo, no fundo sempre foi apaixonada. Para outro alguém este foi um dia cinza, o mais triste do ano. Ele perdeu o pai, vencido por uma doença grave e agora está setindo agora um enorme vazio no peito, uma dor que vai deixar para sempre cinza o dia 10 de Agosto. Um terceiro ganha na loteria e morre antes de pegar o prêmio, enquanto um quarto fulano esvazia a conta da esposa rica para fugir com a amante cabelereira. Imagine a quantidade de histórias, livros, filmes que poderian ser feitos com apenas 24 horas deste mundo. Drama, comédia, suspense com um desaparecimento, cinema mudo, farsa nas rampas do congresso. Algumas terças-feiras são assim, dá preguiça, uma vontade de ficar só assistindo o dia dos outros acontecer.=)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

As palavras...=/



Tentei por vezes,não sai nada. Uma solidão imensa embrenha-se no meu interior e seca-me. As palavras ficam murchas e vão secando e começando a cair pelas minhas paredes. Batem bruscas de encontro a elas e desfazem-se em silêncios de pó! O meu vento interior, agreste e áspero tenta varrê-las para longe da solidão que me assola. Pego nelas e arrumo-as num cantinho. Fazem um montinho, um pozinho que pouco a pouco se começa a elevar tentando sair do meu deserto interior.
Não quero secar e não posso secar. Tenho de dar vida às palavras. A inquietação começa a tomar conta de mim. As palavras quietas e adormecidas, montinhos quase de lixo e secas, prestes a desfazerem-se começam ganhar vida. Começam a ficar viçosas e a subir pelas minhas paredes. Começo a ficar nervoso, irrequieto e agitado. Mexo-me, remexo-me e torço-me para todos os lados. Pego então nelas e ficamos a sós. Nessa altura tudo deixa de existir, nada mais à minha volta faz sentido. O mundo em nosso redor como que acabou. Não vejo mais nada, nada mais ouço, não tenho sede, nem fome nem sono. Eu e as palavras. Eu a tratar delas a regá-las a alindá-las tentando fazer a mistura certa as proporções certas! Elas acariciando-me fazendo-me cócegas nos dedos, escorregando pelo gargalo da caneta, pela lisura do lápis e colorindo o branco triste da página. Finalmente sinto-me novamente vivo! A secura, a aridez e a solidão que varria o meu interior transformaram-se num riacho fresco e fértil. Nada mais existe, todo o mundo desapareceu. Só eu e elas, só elas e eu. E o silêncio. Em frente o azul do mar e no azul do céu o risco feito pelo grito das gaivotas. Misturo-me com elas, eu e as palavras, e sentamo-nos no risco que desenharam no ar. Balançamos as pernas de um lado para o outro como crianças felizes. Damos as mãos e começamos a rezar.
As gaivotas passam voando e sorriem para nós...

sábado, 7 de agosto de 2010

Queria que tudo fosse diferente....


Eu queria amar quem merece meu amor

Queria enxergar o que causa tanta dor

Queria olhar e saber logo que não daria certo

Queria não dar soco em ponta de faca

Queria tratar feridas abertas ao invés de ter prazer com elas

Queria ver que machuco outros sendo quem sou

Queria mudar minha mente

Trocar os sentimentos

Ver o que é demente

Queria ser quem não sou

Sofrer pelo erro que corro atrás

Não fazer sofrer quem merece amor

Queria a seriedade ao invés do sorriso fácil

Queria respeito sem imposição

Queria respeitar e não agredir

Te amar é fácil, difícil é segurar as consequências desse amor

Queria estar com você

Mas não podemos as escolhas já foram feitas

Queria não tê-las feito

Queria apenas voltar atrás no tempo

Mas no tempo não se volta o que fica são apenas as consequências de cada ato

Só queria, mas não posso...pelo menos por enquanto...

terça-feira, 6 de julho de 2010

É desgastante...


... sentir sempre as mesmas coisas e ir dormir com umpeso no peito e aflição.me deito na cama e sinto tudo se repetindo.procuro minhas forças por um mísero segundo, e não as encontrando, desisto.clamo por vozes que não posso mais ouvir e fico assim, me segurandodentro de mim mesma, deixando as confusões sairem pelos olhos.não sei mais afirmar meus motivos e talvez, nem os tenha de fato,mas lembro de momentos desagradáveis e fico a remoe-los.e assim permaneço.remoendo o que me fez mal.remoendo você?já não aguento mais esse ciclo do qual estou me tornando escrava.a dependência parece imensa, mas não quero deixar de lado.talvez arranjando outro vício...mas não quero.na verdade não quero vício algumque não seja você.
Ou até mesmo...a falta de você!.....[L]

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bonequinha de pano II


Em algum momento ele estava ali.Como se nunca tivesse ido embora, apenas feito uma viagem para enganar os panos que o cobriam. O buraco estava ali novamente, e o peito da boneca de pano, vazio...Mas não importava ser em seu peito, pois o oco não lhe incomodava mais. O problema não era a ausência em si, talvez nunca tivesse sido, e sim a dor que esta transmitia agora. O buraco presenteava-lhe com facadas. Facadas fortes em seu leve corpo de pano, perfurando seus vestidos e deixando-os sem renda.Como pontadas que diminuem de intensidade de acordo com o passar dos ponteiros do relógio. Mas o relógio não parecia a ajudar. Ele andava devagar, como se tivesse medo de ir para um próximo minuto, uma próxima hora.E ela implorava...implorava para que passasse mais rápido e chegasse a hora de essa dor enfim cessar.Mas ela nao cessava.As pontadas demoraram...mas em algum momento dimuiram. E passaram a ser somente latejantes. Não mais facas. Agora só latejavam e pinicavam encomodando...machucando....Suas mãos moles não mais continham a dor e mesmo em menor escala, ela abrangia todo o corpo,fazendo o bonequinha de pano sofrer...Ela não tinha mais como se mover. Seus membros pediam para ficar parados. Os movimentos não lhe eram propícios...ja não eram necessários.
Então nada mais se ouvia...apenas o “tumtumtum” daquela dor latejante ao fundo...E então ela ficou imóvel.Presa em sua caixinha de madeira...esperando momento em que aquela iria desaparecer,permitindo a ela...voltar a vida...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bonequinha de Pano...

As pessoas me vêem muito diferente do que aquilo q realmente sou...

E disso eu tenho a mais pura certeza,porque eu acho que ninguém percebeu o que eu realmente talvez seja.

Talvez eu seja uma boneca de pano,cujo coração foi roubado.Deixou-se um rombo gigantesco em seu peito.Enquanto o mesmo não havia retornado.
Mas mesmo assim,de repente,veio uma dor forte e instalou-se...
E ela ficou,em cada metro de meu corpo rendado,com meus panos e babados.
Os meus vestidos trocados,começaram a ser mais escuros,independente do cair da noite ou do levantar do dia. Eles só eram propícios se mais próximos ao negro que me abrangia...
Chegou uma hora que não os quis mais trocar,não fazia diferença.
Todo dia eu acordava e botava minha leve mão sobre meu peito,o apertava, e não sentia nada.
Até que em uma noite,pouco escura e menos sombria,eu vi um clarão no canto de minha cama. Cheguei minhas mãos a ele, e encontrei ali meu coração.
Abri meu armário,peguei minha caixa de costura e retirei a atadura de papel que cobria meu peito de pano.
Coloquei meu coração de volta e o costurei cuidadosamente.

Talvez eu realmente seja esta boneca de pano com o coração perdido e resgatado.Porque...sim ele voltou a mim...sim,meus vestidos e panos o cobrem,eu o abrigo...Mas de qualquer outra maneira,não o sinto como queria...

Ele voltou intacto e este fora o
problema!O coração da triste boneca de pano não fora amado como amara... não fora desejado como desejara e não teve o que quis.Seu coração não passava de nada mais além de um pedaço fofo de pano,em formato reconhecível.Ele não fora modificado e pior,não fora roubado.A bonequinha queria que alguém a amasse como ela ama,e para isso teria de ter consigo uma parte de seu coração,mas vendo ele voltar intacto,ela percebeu que sua missão fora incompleta,sem sucesso...

Talvez eu realmente seja esta inocente boneca de pano,que se percebe diferente de todas as outras bonecas!!!
Agora, ela não sente os desejos das outras e não tem as mesmas vontades. Porque afinal,elas são apenas bonecas com corações marcados e eu,sou uma diferente boneca de pano,me destacando entre as caixas,com um coração ferido porém sem marcas...
A boneca de pano aperta seus braçinhos moles tentando mostrar que é forte,mas ELA mesma não consegue acreditar nesse força.
A bonequinha de pano procura em uma busca insaciável algo que ela mesma não sabe o que é!

E talvez eu realmente seja essa boneca de pano, cujo coração roubado não fora amado... cujas pessoas em volta não se misturam...cujo caminho é um ponto de interrogação e principalmente...cuja procura será guiada, por uma força invisível até que ela encontre,aquele pedaçinho mínimo de seu coração,que ela ainda não percebeu sumir,mas que fora roubado discretamente.E quando ela descobrir o que procura...quando finalmente achar o pedaço perdido de seu coração,seus panos não serão mais panos e os babados dos vestidos de renda,se transformarão em outros,e agora
finalmente será inclusa e entenderá que é possível ser feliz!!

E quem sabe as pessoas consigam ver-me, agora, como eu realmente sou.
Como uma boneca de pano.
E talvez elas entendam e saibam que eu realmente sou aquela boneca de pano,com o coração complicado,os vestidos rendados
com meus panos e babados,esperando sempre,por um alguém que posso me ajudar a encontrar aquilo que tanto procuro!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O que eu sinto...pra mim ou pra ele???




Já passou tanto tempo, não me lembro de datas, não tenho noção do tempo. Lembro-te das faces, lembro-me dos momentos, lembro-me da dor, mas não me lembro de mais nada. Não me lembro da felicidade, não me lembro dos bons momentos, não me lembro de sentir, não me lembro de amor. Não me lembro, porque não há nada para relembrar. De que vale o apelo de alguém capaz de trocar todas as suas memórias pela amnésia de algo que nunca teve? Vejo esse alguém, como a mim próprio, e não percebo o porquê de continuar a participar num jogo em que nunca conheceu o sabor da vitória, ou qualquer outro sabor, se formos realistas. Agora que o vejo novamente a arriscar, continuo sem perceber o que o move. Porque pensa ele que será diferente desta vez? Como consegue uma pessoa não se contentar sempre com as mesmas respostas, das mesmas frases, das mesmas desculpas. Vale a pena ser continuamente ultrapassado e remetido para um ressentimento intenso que o transfere para um mundo obscuro e distante, repleto de indiferença e dor? O que é esse pote dourado que este sujeito tão tristemente procura, deixando-se levar pelas ondas e intrigas de um destino cruel, que ironicamente tenta transformar a sua vida numa cósmica síntese do romantismo? Será essa miragem tão valiosa que o faça continuamente insistir em se levantar por mais vezes que seja ferido, independentemente da gravidade dos seus ferimentos?Duvido que você consiga agüentar mais um golpe profundo, por mais que diga a ti próprio ser capaz. Já imaginou que vai perder?Não se lembra de tudo aquilo pelo que foi obrigada a passar? De como se encontra ate agora?Quer mesmo voltar a passar por tudo isto outra vez? E se for esta a vez em que você não vai conseguir levantar e se for este o último aviso antes do fim? Porque é que joga com a sua própria vida? Você não tem amor próprio? Julga-se tão insensível à dor? Não chega? Não está farta? Por quê?Talvez...
Porque vale a pena, porque ele vale a pena.

sábado, 19 de junho de 2010

O tempo certo!!!

Sabe,estive pensando...Existe somente um tempo pra gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. Um só Tempo pra gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente,desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. Uma fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Esse Tempo tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Até ontem eu era uma garotinha...

...Vestia calça bailarina e adorava leite ninho com nescau...
Era apaixonada pelo Cavalo de fogo e pelos ursinhos carinhosos
tinha superstições magicas, o espelho era meu melhor amigo de beijos com batom... o salto alto da minha mãe minha maior diversão, os vestidos, as bonecas, o blush...meu tempo de criança .. e o tempo.. doce tempo
que passou
pequena garotinha ainda sou..
agora os saltos me servem , as três espiãs e os padrinhos mágicos me divertem, o gloss me maqueia, os vestidos me engrandecem, o leite ninho e o nescau , huumm ...
se já sou mulher?
talvez.. onde fatos alegam outros desmentem dizendo que sou apenas uma pequena garota crescida e feliz!! E dos pontos altos das oscilações e dos universos paralelos me encontro em transe, apaixonada, com um novo amor e com novo jeito de amar!
Minha familia, minha casa, meu carro, minha alegria são os mesmos... Mas o modo como interpreto cada um é que mudou..
estou estampada no roxo, no rosa, no verde e em todas as cores que montam minha vida!
Ano novo.. novas insipiraçoes, novas aspiraçoes...
sorte? quero!
mas prefiro fazer por onde!!