
Existe uma discrepância na forma como penso e percebo. Existe um vazio no que eu sinto. Não...na verdade, não existe um vazio no que eu sinto. Existe o vazio do que eu não sinto, do que eu não consigo expressar em palavras, o vazio do que eu queria sentir, mas não tenho como, não tenho o porquê. E aí fica tudo guardado...em desuso...incomodando...machucando.
Às vezes fica fácil esquecer do vazio, quero dizer:Você não pára de viver por causa dele. Você ainda sai, ri, conversa. As vezes, faz coisas ate demais, pra e distrair... porque o vazio tá lá. E tem sempre aquele momento em que você baixaa guarda, e o vazio bate... PESA. E você deseja sumir e reaparecer na sua cama, longe de tudo, de todos. Mas isso nem sempre acontece, muitas vezes o vazio fica lá, dormindo, por um tempão. Você acha que ele sumiu. Você acha que finalmente você está feliz com o que você tem. E tudo parece bem...e está bem...
Mas o vazio volta. Sutilmente...ou NÃO!
Pode ser uma fisgada no estômago, uma lágrima no canto do olho, um nó na garganta, um pesar de pálpebras... ou uma avalanche destruidora de emoções. E o vazio,novamente ele está lá, novamente você lembra o que é conviver com ele.
Diariamente. Constantemente.
Existe uma falta de sentido nos nossos desejos.
Existe uma falta. E só.!